Contribuição histórica para a representação social da categoria dos vendedores ambulantes pela população de Salvador

Autores

  • Pablo Mateus dos Santos Jacinto Universidade do Estado da Bahia, UNEB.
  • Carla Liane Nascimento dos Santos Universidade do Estado da Bahia, UNEB

Palavras-chave:

Comércio Ambulante. Desqualificação Social. Trabalho.

Resumo

Desde o período colonial do Brasil havia sinais da constituição de uma profissão dependente das ruas. Como consequência do modelo escravista, esta nova categoria formou-se carregando alguns estigmas já pertencentes à classe escrava e incorporando novos outros, oriundos da sua participação secundária na economia. Transformações econômicas e políticas na sociedade criaram excedentes de mão de obra desqualificada para trabalhos formais, favorecendo assim a expansão do comércio ambulante. Apesar desta expansão, ocorre um movimento de repulsa social para com estes profissionais que são acusados pelo Estado e por outras camadas a enfraquecerem a malha social, devido ao seu serviço irregular e, por conseguinte, ilegal. Espera-se, neste artigo, ponderar estes fatores, demonstrando como se desenvolveu a categoria dos vendedores ambulantes e como esta se configura nos dias atuais.

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Biografia do Autor

Carla Liane Nascimento dos Santos, Universidade do Estado da Bahia, UNEB

Vice-Reitora da Universidade do Estado da Bahia, Doutora em Ciências Sociais (UFBA), com Mestrado e Bacharelado em Ciências Sociais ( UFBA). É Especialista em Direito Constitucional dos Afro-descendentes ( UNEB). Professora Adjunto do Departamento de Educação (DEDC- I) da Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Professora Permanente do Programa de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologia Aplicadas à Educação (Gestec)- UNEB, atuando na área de concentração de Gestão da Educação e Redes Sociais, Professora Permanente do Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos- MPEJA ( UNEB), atuando na Linha Educação e Trabalho. Pesquisadora associada ao Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Regional -CPEDR da UNEB. Atua como pesquisadora no Grupo de Pesquisa Gestão, Organização e Políticas Públicas em Educação - GP-GEPE, Lidera os grupos de pesquisa : Educação, Etnicidade e Desenvolvimento Regional e Educação, Sociedade, Politica e Desenvolvimento, certificados pelo CNPQ. Foi Diretora do Departamento de Educação - Campus I - UNEB e Compôs a Coordenação Executiva do Fórum de Diretores da UNEB. Atuou como Assessora de Programas e Projetos Especiais da Pró-Reitoria de Planejamento - PROPLAN, substituindo o Pró-Reitor nas ausências e impedimentos, Foi Gerente de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão, substituindo a Pró-Reitora nas ausências e impedimentos. Tem experiência nas áreas Sociologia, Antropologia, História e Cultura Afro-Brasileira e Relações Raciais, Metodologia da Pesquisa,atuando principalmente nos seguintes temas: Educação e Trabalho, Violência, Vulnerabilidades e Desigualdades, Representações e Reconhecimento Social, Redes sociais, informalidade, Cultura Politica, Etnicidades e Desenvolvimento Regional.

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Publicado

2015-09-29

Como Citar

Jacinto, P. M. dos S., & Santos, C. L. N. dos. (2015). Contribuição histórica para a representação social da categoria dos vendedores ambulantes pela população de Salvador. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais E Educação, 1(2), 140–149. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/opara/article/view/ART0016