Educação indígena Rikbaktsa: impactos sociocul­turais

Autores

  • Mileide Terres de Oliveira Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
  • Valéria Faria Cardoso Carvalho Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v2n1.p51

Palavras-chave:

Educação Indígena, Rikbaktsa, Não índio

Resumo

Nesse trabalho procuramos mostrar os desafios linguísticos dos Rikbaktsa – Canoeiros, autóctones do noroeste de Mato Grosso que atualmente sofrem com a extinção do elemento cultural, que mais os unem como nação, a língua. Muitos jovens não sabem falar a sua língua nativa, em decorrência de fatos históricos que marcaram esse povo. A migração dos índios para as escolas urbanas é um dos fatores que contribui para esse hiato linguístico nas gerações, pois aqueles que vão para a cidade sofrem um impacto sociocultural marcante, sobremaneira pela didática diferente dos professores não índios. Por meio de entrevistas realizadas com indígenas e não índios observamos os diversos aspectos da influência da cultura capitalista no âmbito indígena. Tais aspectos serão abordados na perspectiva da educação indígena e a inserção dos índios na escola urbana.

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Biografia do Autor

Mileide Terres de Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Licenciada em Língua Portuguesa/Inglesa e respectivas Literaturas pelo Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena (AJES) Juína-MT. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT/CAPES) Cáceres (MT).

Valéria Faria Cardoso Carvalho, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora do Ensino Superior da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT/UNICAMP/CAPES) Alto Araguaia-MT.

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Publicado

2017-02-13

Como Citar

OLIVEIRA, M. T. de; CARVALHO, V. F. C. Educação indígena Rikbaktsa: impactos sociocul­turais. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 2, n. 1, p. 51–70, 2017. DOI: 10.30620/gz.v2n1.p51. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3255. Acesso em: 29 mar. 2024.