RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA DE CAPITAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NEGOCIADAS NA NYSE E A VARIAÇÃO DA SELIC

Autores

  • Ricardo Medeiros Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais
  • Anelisa de Carvalho Ferreira Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais
  • João Paulo Calembo Batista Menezes Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais
  • Naiara Leite dos Santos Sant'ana Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais
  • Sabrina Amélia de Lima e Silva Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v7i3.3474

Palavras-chave:

Estrutura de Capital, Pecking Order, Tradeoff, Taxa Básica de Juros, Selic.

Resumo

Este estudo verificou como a estrutura de capital das empresas brasileiras, listadas na NYSE, são afetadas pelo aumento da taxa básica de juros (Selic), no período de 2008 a 2014. A amostra foi composta por todas as empresas brasileiras que são listadas na NYSE (New York Stock Exchange). Os dados foram coletados através de fontes secundárias, sendo as informações contábeis obtidas das bases de dados Bloomberg e Compustat, e as informações da taxa Selic foram obtidas no website do Banco Central. Foram feitos testes de comparação de médias, teste t de student, além do teste para verificar se houve quebra de estrutura, teste de Chow. Já para verificar a o impacto da taxa Selic na estrutura de capital, foi feita regressão múltipla de dados em painel balanceado com efeitos aleatórios. Os resultados mostram que as empresas brasileiras que atuam na NYSE possuem uma relação positiva com a alavancagem, entretanto, quando essa taxa ultrapassa 10%, o nível de endividamento dessas empresas sofre uma redução, demostrando que as empresas que atuam na NYSE são afetadas de forma menos intensa do que as demais empresas brasileiras, e que só realizam o ajuste da estrutura de capital quando a taxa ultrapassa 10%.

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Biografia do Autor

Ricardo Medeiros, Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Administração (Finanças) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestrado em Administração pela UFPE, graduação em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2012), atuando principalmente nos seguintes temas: estrutura de capital, sustentabilidade, bpmn, mini curso, bizagi, instituições financeiras e risco sistemático

Anelisa de Carvalho Ferreira, Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Administração (Finanças) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), possui mestrado em Contabilidade pelo Instituto Universitário de Lisboa (2011), pós-graduação em Finanças pelo IBMEC-MG (2006), graduação em Ciências Contábeis (2004) e Administração (2016) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é Professora Assistente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Campus Mucuri. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis.

João Paulo Calembo Batista Menezes, Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em administração pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, possui graduação em Contabilidade pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2004), pós-graduação em finanças pelo IBMEC-MG (2006), Mestrado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão de Portugal - ULISBOA (2011) e graduação em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2016). Atualmente é professor auxiliar da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Campus Mucuri. Tem experiência profissional na área Contábil, onde já atuou como contabilista, consultor e auditor.

Naiara Leite dos Santos Sant'ana, Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Assistente da Universidade Federal de Juiz de Fora, campus Governador Valadares. Doutoranda na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG em Administração, linha Finanças. Graduanda em Administração na Universidade Estácio de Sá. Mestra em Administração, área Gestão de negócios, economia e mercados, linha Controladoria e Finanças Corporativas pela Universidade Federal de Lavras - MG. Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de São João Del-Rei UFSJ.

Sabrina Amélia de Lima e Silva, Programa de Pós-Graduação em Administração – CEPEAD – Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Administração/Finanças e Mestre em Administração/Finanças (2015) no Centro de Pós Graduação e Pesquisas em Administração - CEPEAD da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Bacharel em Ciências Atuariais (2012) pelo Instituto de Ciências Exatas - ICEx da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

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Publicado

2017-08-18

Edição

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Artigos