OTIMIZAÇÃO DE CARTEIRA DE INVESTIMENTOS: UM ESTUDO COM ATIVOS DO IBOVESPA

Autores

  • Laís Cavalar Souza
  • Wellington Oliveira Massardi
  • Vanessa Aparecida Vieira Pires
  • João Paulo Ciribeli

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v7i3.3381

Palavras-chave:

Risco e retorno, Markowitz, Otimização de carteira, Ibovespa.

Resumo

Baseado na teoria de Markowitz (1952), o presente artigo teve como objetivo criar uma carteira de investimentos com ativos que compõem o índice Bovespa durante o período de janeiro a abril de 2016, de maneira que se consiga maximizar a relação entre risco e retorno, identificando a participação percentual de cada ativo na composição da carteira; e, posteriormente, comparar a performance da carteira criada neste trabalho com a performance do índice Bovespa antes e depois da criação da carteira. Como ferramenta para o cálculo de otimização foi utilizado o Solver, ferramenta do Excel. O levantamento dos dados foi efetuado através do site da BM&fBovespa. O objeto de análise compreende os 59 ativos que compõem o Ibovespa, no quadrimestre de maio a agosto de 2016. Através de uma comparação entre a carteira otimizada, composta por cinco ativos, pelo Solver e a criada pelo Ibovespa, verificou-se que aquela superou o retorno desta em 107,84%, obtendo ainda um risco inferior. Num segundo momento, no entanto, o Ibovespa fez-se mais eficiente que a carteira otimizada, de maio a agosto de 2016; porém, o retorno e o risco foram semelhantes àquele. Conclui-se que a carteira otimizada, quando não consegue ser superior ao Ibovespa, apresenta um retorno próximo devido ao risco sistemático.

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Publicado

2017-08-18

Edição

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Artigos