UMA INTRODUÇÃO AO MAPEAMENTO PARTICIPATIVO: PIRAMBU E OS PROBLEMAS URBANOS

Autores

  • CHRISLAYNE FERNANDES SANTOS
  • MÁRCIO DOS REIS SANTOS

Palavras-chave:

Pirambu, Mapeamento Participativo, Problemas Urbanos

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo identificar alterações socioespaciais e problemas ambientais urbanos materializados no espaço da sede municipal de Pirambu/Sergipe. Essa perspectiva de estudo direciona ao entendimento do espaço urbano, a fim de suscitar nos alunos do Colégio Estadual José Amaral Lemos e, por conseguinte, na comunidade pirambuense, a relação de pertencimento com o lugar em que vivem e no qual produzem e reproduzem suas relações sociais. Para tanto, uma melhor compreensão do espaço geográfico tornou-se crucial, pois, por meio da observação, identificação e análise dos processos que concorreram para as mudanças socioespaciais é possível tecer a leitura da realidade. O desenvolvimento do projeto intitulado “Pirambu e sua geografia histórica urbana: o retrato da cidade sob o olhar dos jovens pirambuenses”, desenvolvido com alunos do ensino médio, buscou identificar os problemas socioambientais urbanos advindos da expansão da cidade. O caminho metodológico partiu de leituras sobre diferentes tipos de cidade, suas formas e características, e sobre cartográfica sistemática, temática e o geoprocessamento, além da participação em palestras online (sobre gestão de riscos ambientais em áreas urbanas; direito à cidade, participação e mapeamento), da observação em campo e da vivência dos alunos, a fim de estimular a produção de mapas temáticos sobre a cidade com o uso do geoprocessamento. A produção do espaço urbano se dá de modo desigual, logo, as contradições dos fatores físicos e sociais estão impressas na paisagem estudada e na relação sociedade-natureza. Por meio do estudo da morfologia urbana foi possível identificar e entender as alterações no espaço intra-urbano, como os eixos de crescimento da cidade, os vazios urbanos, e os problemas urbanos. O foco da pesquisa permeou os problemas urbanos mapeados na cidade, sobremodo os alagamentos que interferem no dia a dia da população. O uso do sensoriamento remoto foi utilizado como técnica que deu suporte para uma melhor análise do espaço estudado. O mapeamento participativo foi elaborado juntamente com os alunos e parceiros do projeto - profissionais das áreas de geografia, geologia, gestão ambiental, biologia e química -, bem como a sistematização dos dados coletados e elaboração dos mapas, produtos desse processo, nos quais identificamos as carências urbanas como pontos de alagamento concentrados na área central na cidade, abrangendo ruas tipicamente residenciais e de parco comércio local, localizadas no entorno da rodoviária, da praça de eventos, do mercado municipal, do campo de futebol, do início da orla até o abatedouro, em frente a lanchonetes e escolas. Foi possível também identificar que nas ocupações regulares e irregulares ao norte, na zona de expansão, também foram encontrados inúmeros pontos de alagamentos, nos logradouros, terrenos vazios ou em construção, bem como as áreas da cidade com ausência de infraestrutura básica. Nesse sentido, a pesquisa científica introduzida no ambiente escolar, com a utilização de ferramentas cartográficas, objetivou o entendimento sobre a cidade e a confecção de material cartográfico, apresentando-se como uma via de mão dupla no tocante ao conhecimento apreendido e produzido pelos discentes na relação ensino – aprendizagem, bem como, para contribuição científica desenvolvida pela e para comunidade.

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Publicado

2017-11-16

Edição

Seção

Jogos digitais, história e geotecnologias