Representação e identidade a construção sócio-cultural do orixá exu na obra O compadre de Ogum, de Jorge Amado

Autores

  • Alisson Vital Oliveira Santos Universidade do Estado da Bahia, Pós-Crítica.

Resumo

Resumo: O presente trabalho intenta investigar as representações e identidades do orixá Exu presente na obra O Compadre de Ogum, de Jorge Amado, no que concerne sua função sociopolítica, econômica, divina, sexual e humana. Nesse sentido, é necessário empreender estudos acerca dos conceitos de representação, constituição e resistência do candomblé e a ficção literária. Com o embasamento em teorias literárias, antropológicas e sociológicas, bem como em análises de contextos históricos do Brasil desde o processo escravocrata até a contemporaneidade, pretende-se estudar o orixá Exu e a sua presença na novela amadiana como uma das personagens mais significativa, como sujeito negro. Falar de Exu é falar da diáspora do povo africano, de racismo, preconceitos e discriminações étnico-raciais. Por isso, pretende-se fundamentar a pesquisa com os estudos de Abdias do Nascimento, Carlos Moore, Reginaldo Prandi e Edson Carneiro, dentre outros. É preciso refletir as influências de Exu na construção do enredo e analisar as ressignificações a ele atribuídas. Exu é um dos signos do candomblé, parte da cultura religiosa negra em África e no Brasil. Foi trazido pelos negros escravizados e influencia todos os âmbitos, sociais, culturais e ficcionais. Por essa razão, é importante entender que ele faz parte da identidade e cultura brasileira. Para tanto, tem-se como base alguns estudos de Stuart Hall, Ecléa Bosi, dentre outros. Em linhas gerais, ao realizar este estudo, investiga-se a estreita ligação de Exu com o ser humano, colaborando com a desconstrução da diabolização atribuída a este Orixá, tendo por base o olhar sobre quem é que é Exu e qual sua função na constituição da natureza. Desse modo, se propõe uma reflexão sobre Exu, o senhor dos caminhos, da vida, do movimento.
Palavras-Chave: Exu. Identidade. Representação. Cultura. Literatura.

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Publicado

2019-11-22